domingo, 22 de julho de 2018

Filme americano que promove a russofobia é execrado na Rússia

O filme americano "Operação Red Sparrow" foi execrado na Rússia. A razão principal para isso é a overdose de russofobia (ódio antirrusso) promovido pelo filme, que muito mais parece uma peça barata de propaganda. A receita é a velha de sempre, os russos não podem ser "apenas comunistas malvados", ou apenas "ortodoxos mafiosos", eles devem ser patifes absolutamente desprezíveis capazes de matar sem motivo algum, exceto por copos de vodka!

O filme mereceu a rejeição categórica do famoso vlogueiro Yevgeniy Bajyenov (Bad Commedian), cujo vídeo teve 3 milhões de visualizações só no primeiro dia. O vlogueiro apresentou de forma sarcástica várias incoerências do filme, tal como a inexistência dos tais "pardais vermelhos", uma criação de um agente da CIA sobre um suposto programa que se passaria numa cidade que sequer existe no mapa da Rússia (que segundo o diretor de fato existe), assim como o abuso de clichês de filmes da Guerra Fria adaptados para padrões contemporâneos, por exemplo, a troca do KGB pelo FSB, a dos comunistas malvadões por ortodoxos mafiosos e tem até um personagem, antigo comediante russo, que é contratado para representar uma caricatura de Vladimir Putin (convenhamos que o humorista possui algumas semelhanças).

A melhor atuação no filme, como sugeriu o historiador e professor Klim Júkov, foi da cidade de Budapeste, na qual o filme foi gravado, que "faz o papel" de Moscou. Tal como noutros filmes americanos sobre a Rússia, há inúmeras incoerências, começando pelo nome dos personagens. A atriz principal se chama "Dominique", um nome que inexiste no onomástico de nomes eslavos. Nenhuma russa se chamaria Dominique, seria como uma brasileira se chamar "Kurmandjan" (nome da famosa rainha quirguiz). Uma das instrutoras da escola do FSB é uma mulher absolutamente fria, quase como um robô (outro clichê mais que famoso), "seus corpos não pertencem a vocês, pertencem ao Estado russo", ela diz! Mais caricato que isso, impossível. Geralmente esse discurso era comum a filmes americanos sobre a União Soviética, porém ele foi copiado e colado para filmes antirrussos.

O filme é absolutamente caricato, do início ao fim, a despeito da beleza de algumas cenas, é impossível imaginar toda russa usando um chapéu de pêlos durante o inverno. O filme nos traz, claro, um "Putin caricato", uma russa constante e permanentemente infeliz, sempre com uma expressão triste, que em sua escola de espiões aprende apenas a correr, atirar com uma pistola e depois assiste constantemente a filmes de pornografia, especialmente a BDSM e a fazer felação. Num momento em que a personagem principal falha ela é torturada, amarrada, e cada vez que sente sono tem seu corpo molhado e é bombardeada com um som ensurdecedor para não dormir, exatamente como a CIA fazia com os seus presos na Baía de Guantánamo, ou seja, os americanos acusam os russos de fazer aquilo que eles fazem em prisões ilegais espalhadas pelo mundo. Uma marca registrada do filme é que os seus personagens torturam e matam absolutamente ou quase sem nenhuma motivação.

A Rússia no filme está sempre associada à umidade infinita, frio, dor, mafiosos, pornografia, frieza, ela é cinza, e nenhuma sensação positiva pode ser associada a ela. Uma peça de propaganda dirigida a pessoas ingênuas ou desavisadas feita com o propósito de passar uma mensagem subliminar de que a Rússia é um "inferno frio" e jamais deve estar nos seus planos de descanso ou estar associada a qualquer sensação positiva. Não é de se excluir a possibilidade de que agências turísticas da Europa Ocidental ajudem na produção deste tipo de filme, afinal, quando a Rússia têm uma cidade que por 2 anos consecutivos foi considerada como o melhor destino turístico da Europa, então há que fazer mesmo uma propaganda que afaste o interesse do grande público na Rússia.






UOL: russofobia e racismo travestido de jornalismo (Nota de repúdio)

Por Cristiano Alves

De acordo com o "jornalismo" feito pela UOL a respeito da Rússia, "Em um país em que a moral aceita o racismo, mas ser gay é imoral, a Copa se torna o Mundial da intolerância". Alguns questionamentos devem ser feitos ao antijornalismo praticado pela UOL (segue no texto o vídeo publicado por esse veículo de mídia).

A matéria é muito mal feita e completamente tendenciosa, com declarações cheias de lacunas, é pouco objetiva, como quase todas as matérias da UOL. 

1- Se a Rússia é tão racista, por que iria contratar jogadores negros? O Grêmio, por exemplo, time racista no início do século XX, não contratava negros. Esses jogadores em sua maior parte não só têm jogadores negros, como os paga salários altíssimos que por vezes são muito mais altos do que os do time INTEIRO junto! Quase todos esses jogadores têm mulheres... brancas, russas e geralmente muito bonitas, e não é só jogador. Eu conheço operador de vídeo que conheceu russa por aqui e "se deu bem", estranho não, para um país supostamente "racista". Não ouço, por exemplo, relatos parecidos de profissionais que vão ao Japão ou à Inglaterra.

2- De acordo com a reportagem há "cânticos racistas", mas o que seriam esses "cânticos racistas"? Como jogadores que sequer entendem russo conseguem entender supostos cânticos racistas? Qual é a letra deles, que jamais aparece em tais reportagens que falam com tanta propriedade sobre "discriminação e racismo"? 

Ainda falando em torcedores, eu já ouvi falar de um profissional do jornalismo desportivo que ele acha um absurdo a ideia do Brasil ter que chamar um técnico estrangeiro.

Vocês acham que a torcida de time A ou B ficaria satisfeita se o Brasil começasse a manter metade ou mesmo 1/3 do seu plantel integrado por jogadores estrangeiros? Ainda que esses jogadores fossem tecnicamente melhores, isso significa negar a jogadores nacionais a chance para o seu desenvolvimento no futebol. Países como a Itália estabelecem limites para jogadores estrangeiros.

3- Segundo um dos entrevistados, ele ouviu de um amigo que ele foi atacado por que teria sido confundido com um uzbeque, porém a questão é, ele realmente foi atacado por isso ou simplesmente por que se tratava de bêbados ou marginais que poderiam atacar qualquer um, inclusive um russo?! 

No Brasil, por exemplo, há vários relatos de turistas ("carinhosamente" apelidados gringos) atacados, roubados e até mortos por marginais, por isso o Brasil é xenófobo, ou será que são apenas jornalistas espertinhos caçando reportagens sensacionalistas?

Está certo, alguém poderia dizer "mas ele não foi atacado por ser gringo, ele foi atacado por que acharam que ele tinha dinheiro", mas por esse argumento poderíamos dizer "ele não foi atacado por ser estrangeiro, foi atacado por que pensaram que ele estivesse relacionado a algum grupo do islã radical". 

4- A Rússia promove anualmente festivais internacionais como o GATINGO, sobre o qual já escreveu o blog Russificando, e lá, no festival, é possível ver mães russas com crianças negras, russos com namoradas negras, russas com namorados negros e latinos, um tanto "racista" não, para um país supostamente racista. Curiosamente, nenhum deles afirma ter sofrido qualquer ato discriminatório, o que demonstra que as matérias da UOL escolhe minuciosamente pessoas pouco informadas sobre a situação do país para promover propaganda antirussa. Por que será que a equipe da UOL nunca entrevista ninguém e muito menos publica qualquer coisa que seja sobre estes festivais? O que é que impede a UOL de fazer isso? Medo? Falta de profissionalismo? Tendenciosismo? Do que vocês têm medo?!

5- De fato há muitas pessoas que têm visões negativas sobre imigrantes da Ásia Central, o que é lamentável, mas por quê? Por que colocaram os russos para correr de lá em fins dos anos 80 e início dos anos 90. É possível encontrar muitas notícias sobre imigrantes ilegais e até legais da Ásia Central que atacam policiais, que promovem atos desgradáveis contra mulheres (o que já foi me relatado até por brasileiras), pessoas que dirigem sem responsabilidade (lembram do quirguiz que atropelou 10 mexicanos na Copa?) ou que simplesmente não se adaptam à mentalidade local, em parte devido ao fato de muitas vezes serem pessoas que vem de vilas e seguidores do Islã radical. Nem todo muçulmano é terrorista, aliás a maioria deles são pessoas ordeiras e responsáveis, porém todos os últimos terroristas que atuaram na Rússia eram seguidores de alguma vertente do Islã, inclusive o último que provocou um atentado terrorista em São Petersburgo.


Na Rússia convivem mais de 300 nacionalidades, um país "racista" jamais abrigaria tantos povos em seu território, inclusive promovendo a cultura, festas e até a religião de cada um deles. Em São Petersburgo, além das festas típicas russas (Páscoa, Natal, Yanka Kupala) pode-se ver festivais como o Johannus (finlandês), festas budistas, xamânicas, muçulmanas, além de espetáculos de companhias de dança do Cáucaso como a Erisioni, que todo ano se apresenta em mais de uma oportunidade na cidade. Em festivais como a "Ciranda da Paz" (Horovod Mira) as pessoas literalmente irão pegar na sua mão para você dançar cânticos russos com eles, russo ou estrangeiro, independente de cor da pele.

Qualquer veículo de informação que omite esses dados NÃO TEM moral para falar da Rússia ou se definir como um veículo de mídia, mas sim como uma agência de propaganda e difusão do ódio, da RUSSOFOBIA!