Sempre que falamos em Rússia, existe uma tendência de certos círculos intelectuais no Brasil valorizarem exclusivamente o trabalho de autores de certo povo minoritário da Rússia ou de emigrados (Soljenitstyn, Kandinskiy, Brodsky...), e não basta ser emigrado, é preciso que ele seja antissoviético pelo menos em certo grau. Nem mesmo o escritor Eduard Limonov, expulso da URSS, ganhou seu lugar de fama no ocidente (exceto por um romance no qual o personagem principal efetua um ato homossexual).
Geralmente, quando se trata de qualquer artista ou mesmo político russo que careça de uma visão cosmopolita ele é rapidamente tratado como "fechado", "chovinista" ou recebe alguma conotação negativa. Importante lembrar que isso sai do campo artístico e se extende ao campo político, por exemplo, Stalin é fortemente criticado pela tese do "socialismo num só país", em detrimento da "revolução permanente" de Trotsky. A própria Revolução Russa é aceita por grande parte da esquerda ocidental somente no período que vai até os anos 20, não por ter remodelado a estrutura social, política e econômica russa, mas por "revolução sexual".
Artistas russos que tratam de uma temática relativa à vida diária da Rússia são geralmente ignorados ou mesmo menosprezados, porém o Russificando foi atrás de um desses artistas contemporâneos. Pessoas extremamente carrancudas, sátira política e social fazem parte da arte em óleo do blogueiro Vassiliy (Vassya) Lojkin, que eternizou a sua arte na Rússia através das redes sociais.
O estilo do artista russo é bastante peculiar. Por vezes seus personagens sorriem, especialmente o gato. Além de telas, mitos dos seus trabalhos são anúncios de concertos, inclusive dele próprio, que também é músico. E, geral, eles ilustram o seu próprio blog. Se você fizer um passeio na Rússia, não deixe de prestar atenção na internet russa e no que os russos criam.
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"Ayda", vamos para o espaço! |
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A verdadeira revolução começa de surtina! |
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Adeus, Terra |
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Conerto no clube Manifesto |
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Concerto de rock no dia 27 de abril |
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Camarada, compre um machado, apoie o artista |
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A dama no tualete noturno |
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Por que não comer um cogumelo papa-moscas? |
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A cosciência cala-se |
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Quem ofendeu o gatinho? |
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Chegou a hora |
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