sábado, 7 de maio de 2016

Fita da guarda para quem lembra e se orgulha


A fita da guarda (ou para alguns fita de São George) é um símbolo da Rússia e de outros países da ex-União Soviética. Conforme já publicado em outras postagens, ela é uma fita associada a dois períodos famosos da Rússia, a monarquia e o comunismo, além disso ela é indissociável da Grande Vitória do povo soviético sobre um dos maiores flagelos do século XX, o fascismo, ideologia imperialista, agressiva e que prega a ditadura terrorista aberta e sem máscara, cujo motor do desenvolvimento está na agressividade militar e no extermínio de outros povos.

Durante 4 anos, a URSS foi vítima da maior agressão militar da história, uma agressão que contou com milhões de homens, destruiu cidades, igualou vilas a condição de cinzas e exterminou milhões de pessoas. É um fato, como nos mostra o historiador e filósofo italiano Domenico Losurdo, que assim como os anglo-saxões exterminaram os índios americanos para "americanizar" a América, Hitler também pretendia exterminar os russos para germanizar a Rússia, permitindo que alguns ficassem vivos para servir de escravos a senhores alemães. 

As perdas materiais, culturais e humanas da URSS foram incalculáveis, cidades queimadas, obras de arte do Hermitage destruídas ou roubadas e vidas humanas sacrificadas ou martirizadas. A luta do povo contra essa tirania é por isso hoje lembrada com orgulho pelo povo, que tem em seus bisavós, avós e pais super-heróis reais, de carne e osso! Os heróis desse povo não são quadrinhos ou efeitos especiais de cinema, mas pessoas com nome, história, forças e fraquezas!

Para lembrar desses nomes e desta grande conquista histórica, a derrota do nazismo, sem a qual estes certamente tomariam toda a América, os russos ostentam as cores da Ordem de São George, como ela era conhecida durante o Império, ou da Ordem da Glória, como ela era conhecida sob o pensamento comunista, distribuída como uma fita a partir da década de 2000. Em alguns países como a Ucrânia, o uso da fita georgiana é considerado crime no Código Penal, afinal, para qualquer país onde predomina a russofobia, os russos devem ter vergonha do seu país, mas isso não traduz o sentimento da população em geral da Rússia, que lembra e se orgulha de sua grande contribuição história, pessoas de todas as idades.

Idosos, jovens, casais, amigos, amigas, crianças... O descobridor da Rússia foi atrás de todos que ostentam a famosa Fita da Guarda nas ruas de São Petersburgo, no sábado que antecede o grande Dia da Vitória, tradição sagrada do povo que resistiu e derrotou a serpente do fascismo!




Dupla de amigos exibe em seu braço a fita da guarda

Um pai compra sorvete para o seu filho e posa para a câmera, ostentando orgulhosamente a fita da guarda

Para muitos russos é mais conveniente amarrar a fita em sua bolsa, pois assim podem carregá-la sempre, sem precisar de alfinete ou colocar noutra camisa

Uma senhora conversa num parque, usando a sua fita com uma homenagem à cidade-herói de Leningrado
Parque vende bandeirinhas comemorativas para as festas do 9 de maio, próximo da Fortaleza de São Pedro e São Paulo
Casal segue em direção à Fortaleza de São Pedro e São Paulo usando um gorro sem palas característico do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial
Turista passeia pela Fortaleza usando a fita da guarda em sua bolsa
Grupo de fieis cristãs utiliza a fita no interior da fortaleza
Casal passeia com gorro sem palas do Exército Vermelho em frente ao Palácio da Moeda da Fortaleza de São Pedro e São Paulo
Pedestres passam sobre ponte enfeitada com as cores da Rússia e da fita da guarda
Jovens russas passeiam pela muralha da fortaleza com uma bandeira vermelha com a foice e o martelo e a fita da guarda

Pela praia jovem russo usa em sua bicicleta a fita

Balão comemorativo do 9 de maio, dia da vitória na Grande Guerra Patriótica
Na estação Avtovo, do metrô de São Petersburgo, um mosaico nos diz "Paz ao mundo"(Miru mir), um tanto "agressivos" esses russos, não? Afinal, os americanos, a Globo, e algum bobo nos ensinaram assim.


Um comentário:

  1. Caro Sr. Cristiano Alves, acompanho este blogue e o perfil público de "A Página Vermelha" no facebook.

    Recentemente lançou uma campanha de angariação de fundos para a tradução de dois livros e um documentário de extremo valor no seu conteúdo, porém afirma ter sido um fracasso essa iniciativa.

    A sugestão que lhe apresento visto ter demonstrado disponibilidade, para que com o seu trabalho e de outros traduzirem para o português esses documentos, é a de lançar uma campanha de fundos que permita não só a cidadãos brasileiros mas também a cidadãos portugueses, de contribuir para angariação do valor necessário para concretizar a tradução; através do site que disponibilizou para o efeito é impossível a um cidadão de um país europeu fazer uma doação pois o site não aceita doações estrangeiras.

    Com esta sugestão talvez seja possível a tradução dos livros e documentários, desconhecidos e feitos censurar, contribuindo sim para o estudo da História no apuramento da verdade.

    Cumprimentos de Portugal,
    continuação de um bom trabalho.

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