segunda-feira, 27 de abril de 2015

"Russkies siberianos"

Eu e alguns "russkies siberianos", e bem no meio a russa que queria que eu a fotografasse, em foto na Praça Vermelha
A Sibéria foi um lugar que sempre me despertou curiosidade na Rússia. Quando em 2014 surgiu pela primeira vez a possibilidade de ir à Rússia, essa viagem seria para a Sibéria, para a cidade de Yakutsk. Infelizmente isso não foi possível por que na época eu ainda não tinha passaporte para ir à Rússia. Foi uma pena, pois na Sibéria tenho um amigo que conheci na Copa e uma lindas amigas, 3 agentes da imigração do aeroporto internacional que agora estão espalhadas pela Rússia e uma médica yakútia (um dos povos de olhos puxados que fazem parte da Rússia). Em geral é muito fácil fazer amizade com russos ou russas em redes sociais. Para efeito de comparação, no Facebook conheço apenas 3 a 5 americanos, quase sempre tomo um belo bloqueio se mando mais que três mensagens. Acredito que isso acontece por que por se tratar de uma cultura materialista, voltada para o consumismo, então geralmente as pessoas dos EUA estão mais interessadas em quem possa oferecer algum tipo de vantagem econômica, é minha opinião pessoal.

A Sibéria sempre me despertou uma enorme curiosidade, dela sempre ouvi falar por causa de uma famosa raça de cães, o "husky siberiano". Ao contrário do que muitos pensam, a palavra "husky" não se refere ao russo (russkiy), mas vem da palavra sueca "hus", assim "husky" é doméstico em sueco, e esse termo foi utilizado para falar do cão doméstico. Uma raça, idêntica ao lobo, oriunda da Sibéria, ficou muito conhecida no ocidente. Na Europa Ocidental também é comum a raça de gatos da Sibéria. Também é famosa a Sibéria pela sua paisagem exuberante branca, de gelo, neve e frio.

Um dos rostos da Rússia, uma siberiana típica descrita aqui, que autorizou que eu publicasse sua foto enquanto eu escrevia este artigo
Mas apesar de não ido a Sibéria, a Sibéria veio até mim enquanto eu caminhava de noite pela Praça Vermelha, "onde as coisas acontecem". Uma jovem russa pedia para que eu tirasse suas fotos, e receoso no princípio, atendi seu pedido, até ela vir até mim e dar o seu braço para que passeássemos. Então o fizemos, na companhia de seus amigos. Era um grupo de vendedores que veio de Novossibirsk para um curso em Moscou, todos muito divertidos. Fala-se muito bem dos siberianos na Rússia. Quando eu disse que era brasileiro, foi aquela mesma novela de sempre, eles não acreditaram, acharam que eu fosse algum tipo de tártaro por causa da minha fluência e familiaridade com o idioma, até eu provar mostrando o passaporte. Às vezes tem lá suas vantagens passar por estrangeiro. Para completar, nesse dia eu estava usando um puhovik (jaqueta estilo edredom), ficando ainda mais "russo modernizado". Então eu, brasileiro, acabei sendo brevemente seu guia na Rússia, em Moscou, que eles conheciam pela primeira vez. Me convidaram para com eles patinar, uma das melhores coisas para se fazer no inverno russo. Mas pelo horário tive que recusar (e eles também), então nos dirigimos até o metrô, onde nos despedimos.

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